Quando se fala em animais domésticos, o primeiro que vem à mente das pessoas é o cachorro. Mas com os novos padrões de vida, com casas mais reduzidas, espaços adaptáveis e o tempo corrido, outro animalzinho vem entrando para as famílias brasileiras, o gato. Tidos como mais independentes e adaptáveis a qualquer espaço, as famílias contemporâneas vem se rendendo ao charme desse pequeno bichano.
Segundo a médica veterinária Rafaela Pastl, os gatos se diferenciam dos cães, pois viveriam normalmente em qualquer espaço físico, seja em casa ou apartamento e o fato de dormirem quase o dia toda, faz com que o tutor não se preocupe tanto com o tempo dedicado a ele.
“Não é verdade que o gato não se apega ao tutor. Na verdade o gato adora receber atenção e carinho do tutor, mas na hora que ele quiser”, explicou à veterinária. “E nunca brigue com o seu gatinho também, ele pode ficar profundamente sentido e por consequência, pode ficar medroso também”, aconselhou à especialista.Outro ponto importante entre cães e gatos são os padrões sociais e a interação. De acordo com a especialista, enquanto os cães vivem em bandos e precisam procurar um líder, no caso o humano, os gatos são independentes e não precisam de ninguém para liderá-lo. Mas de acordo com a Dra. Rafaela, ninguém se engane em relação ao sentimento do bichano.
Para Flávia Emilia, estudante universitária, que sempre criou gato como animal, o ponto forte desse bichano em relação aos cães é a higiene.
“Enquanto o cachorro que não é ensinado faz as necessidades em qualquer canto, os gatos só fazem em locais específicos com areia”, disse a estudante. “Além disso, não tinha muito espaço lá em casa para outro tipo de animal, já o Gato [nome de seu bichano] vivia perfeitamente bem por lá”, disse Emília.
Mas tem um ‘porém’ que ainda impedem muitas pessoas de criar gatos como animais domésticos. Eles, os gatos, tem o hábito de passear na rua e isso, às vezes, traz muita dor de cabeça para os tutores, como gatas prenhas, doenças, etc.Confirmando a afirmação da estudante, a Dra. Rafaela Pastl explicou que essa questão de higiene dos gatos é de instinto, e, dessa forma, ele só faz as necessidade em areia comum ou areia higiênica. “Só animais doentes ou com alguma perturbação fará suas necessidades fora do local propício”. Além disso, o gato, ao lameber-se, realiza sua própria limpeza e, segundo a veterinária, é comum os veterinários recomendarem que os tutores não dêem banhos em seus gatos, pois pode deixar o animal estressado.
“Animal que já está acostumado em ir à rua dificilmente deixará esse costume, então a castração é o mais indicado, assim como a vacinação e vermifugação”, explicou a especialista.
Quanto ao mito sobre a toxoplasmose, doença transmitida por gatos para mulheres grávidas, a especialista tentou desmistificar o contagio. Segundo ela, a doença só é transmitida por animais não vermifugados. “Mas a maior incidência de contaminação é a ingestão de carne crua ou mal cozida”, finalizou.
Sobre o Gato
De acordo com a especialista, os gatos são amáveis caçadores naturais e limpos. Podem viver de 15 a 20 anos, tem excelente visão noturna, olfato e audição.
Dicas básicas de alimentação
“A alimentação mais indicada é a seca, ração, mais as alimentações úmidas como latinhas e saches, são uma boa opção principalmente por conterem 80% de água e assim evitando problemas geniturinários, como urolitíases”, finalizou.
Fonte:
Primeira Edição Via:
Anda News
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