O Amor De Um Cão



Uma breve mensagem que demonstra todo o amor
que um cão tem pelo seu dono.





Fonte: Meu Pet Curitiba

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Humanização de rotina causa transtorno psicológico a animais



Zumbi respondia aos afagos das visitas rosnando e tentava até morder quem insistisse em se aproximar. O cão da raça Chow-chow acabou ganhando fama de bravo, mas o verdadeiro motivo da agressividade só foi descoberto depois que os donos, a gestora de comunicação Iara Vieira, e o marido dela, o engenheiro mecatrônico Marcelo Mitre Filho, resolveram procurar ajuda de uma profissional. “O problema, na verdade, é que ele era muito medroso e por isso tentava atacar quem chegasse perto”, explicou a especialista em comportamento animal Ana Cláudia Garcia.

Criados em casas e apartamentos sem a devida atenção às suas diversas necessidades, animais como Zumbi podem desenvolver problemas psicológicos devido àquilo que Ana Cláudia chama de “excesso de humanização” das rotinas. “A pessoa trabalha, deixa o cão sozinho o dia inteiro, e quando chega em casa acha que basta fazer carinho ou levá-lo ao melhor pet shop da cidade. Há outras necessidades que estão relacionadas à questão do comportamento animal mesmo, como brincar com uma bolinha, passear na rua ao menos duas vezes por dia”, explica.

Atividades como as descritas pela especialista estimulam a produção de serotonina, substância bioquímica que ajuda o cérebro a regular funções como o humor, apetite e até o ritmo cardíaco. Assim como nos humanos, baixos níveis de serotonina podem provocar distúrbios no humor e até levar a quadros de depressão.

“No animal, isso vai se manifestar de diversas formas. Alguns cães uivam quando estão sozinhos, outros lambem as patas até fazer ferida, arranham a porta ou, o que é muito comum, destroem os objetos em casa. Para o cão, morder o objeto que tem o cheiro do dono é prazeroso, isso produz serotonina nele, porque ele pensa que está interagindo com o dono.”

No caso de Zumbi, os problemas foram além do comportamento agressivo. “Ele rosnava e latia, ao mesmo tempo em que ia recuando assustado. Além disso, ele era muito agitado e começou a se machucar, por ansiedade”, diz Iara.

Os donos foram orientados a pedir aos visitantes que adotassem cuidados, como falar baixo e de forma carinhosa ao interagir com o cão. “A abordagem do tratamento não está focada somente no cãozinho, mas em toda a dinâmica do ambiente. Todo mundo saiu ganhando. Recebemos sempre amigos e a família em casa, mas isso antes era motivo de estresse para ele. Hoje, a rotina da casa é outra, muito mais tranquila e harmoniosa. O Zumbi é outro cachorro, extremamente carinhoso, muito mais calmo e feliz”, conta Iara

Especialista

Mas cada caso exige um procedimento específico. O ideal, segundo Ana Cláudia, é que antes mesmo de adotar ou comprar o bicho de estimação, o futuro proprietário busque orientação. “Costumo ir à casa, ver o espaço e conhecer a rotina dos moradores, para só depois indicar uma raça mais adequada àquele ambiente”, explica. “Mas nem 5% das pessoas fazem isso. É muito comum encontrar pessoas que só depois de pegar um cão descobrem que poderiam ter, no máximo, um gato.”

Não existe regulamentação para a profissão de especialista em comportamento de animais, explica Ana Cláudia, que desenvolve o trabalho há dez anos devido à sua atuação como presidente de uma ONG de proteção a animais em Ribeirão Preto, a Cãopaixão. Interessados em desenvolver a atividade preparam-se por meio de cursos ministrados por profissionais experientes e também buscam capacitação como adestradores.

Esses profissionais cobram em média R$ 80 por consulta e a sugestão de Ana Cláudia aos interessados em contratar o serviço é que busquem recomendações em clínicas veterinárias e pet shops de confiança.

Fonte: G1

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Tardígrado, o animal mais resistente do planeta



Pensa que já viu de tudo? Conheça o pequeno Tardígrado.
Imortal? Quase. Não seria exagero dizer que esse pequeno animal é de outro mundo. Seu nome? Tardígrado, também chamado de urso d’água ou leitões do musgo. Essas criaturas são na verdade artrópodes aracnídeos (da classe das aranhas), possuindo oito patas, cada pata possui de quatro a oito pequenas garras e seu corpo varia de 0,05 a 1,25mm. Vivem entre os musgos e liquens, podendo ser fortemente pigmentados, indo do laranja avermelhado ao verde oliva.

Esses animais possuem uma anatomia complexa, são recobertos de quitina e não existe sistema circulatório e nem aparelho respiratório, as trocas gasosas são realizadas de forma aleatória em qualquer parte do corpo. A grande maioria se alimenta sugando o conteúdo celular de bactérias ou de algas. São encontrados em todo o planeta, desde o fundo oceânico ao alto do Himalaia. Das mais de 600 espécies conhecidas, cerca de 300 foram descritas no Ártico e na Antártica, também foram catalogadas 115 espécies na Groenlândia. 

Em Setembro de 2007, a Agência Espacial Européia realizou uma pesquisa utilizando os tardígrados, colocando-os em uma cápsula espacial, a Foton-M3, e os enviou ao espaço. Resultado? Os bichinhos não só sobreviveram aos raios cósmicos, radiação ultravioleta e falta de oxigênio, mas ainda foram capazes de reproduzirem num ambiente tão inóspito. Para ter uma noção, no espaço, os raios ultravioletas são cerca de mil vezes mais intensos do que os encontrados na Terra. Ainda é um mistério sem explicação ou teoria para o motivo pelo qual estes animais conseguiram sobreviver por tanto tempo sem oxigênio e sendo bombardeado com altas doses de radiação cósmica.

Longevidade é uma das grandes características; podem viver até os 120 anos, um recorde para um animal com um tamanho tão pequeno. Como se não bastasse possuírem fantástico poder reparador, os Tardígrados simplesmente “desligam” seu metabolismo quando existem condições adversas como extrema seca. Possuem também a inacreditável capacidade de reparar o seu DNA de danos causados por radiação. Achou pouco?

Mais de 75 mil é a quantidade de pressão que ele suporta, isso equivale a dezenas de vezes a pressão enfrentada pelos animais dos locais mais profundos do oceano, nas zonas abissais. Suportam também imersões durante alguns minutos em temperaturas de 200 ºC (duas vezes mais quente que a água fervente da sua chaleira). Solventes como o álcool etílico a 96% ou éter não fazem nem cócegas neles.

Se os seres humanos forem expostos a 100 grays de radiação, ocorre à morte devido à falência do sistema nervoso central, o que resulta em perda da coordenação motora, distúrbios respiratórios, convulsões, estado de coma e finalmente a morte que pode ocorrer em cerca de um ou dois dias após a exposição. Já os “imortais” tardígrados suportam nada mais e nada menos que 5700 grays de radiação. Dá para acreditar?

Todo mundo que passou pelo segundo grau, certamente sabe o que é o zero absoluto ou ao menos ouviu falar. É a temperatura na qual não existe movimentação de nenhuma molécula. É uma temperatura teórica porque é extremamente baixa, -273,15ºC, o que equivale ao zero na escala Kelvin e, apesar de os cientistas não terem alcançado esse valor, chegaram muito próximo.

Os tardígrados são realmente especiais. Algumas universidades americanas fizeram pesquisas com tardígrados, congelando-os em uma temperatura super próxima do zero absoluto, cerca de -271 ºC. Os cientistas não ficaram surpresos quando “reanimaram” os animais colocando apenas água e descongelando-os. Não se esperaria que nenhum animal sobrevivesse após terem sido congelados nesta temperatura, mas os tardígrados realmente provaram que são completamente diferente de todo o tipo de vida conhecida no nosso planeta.


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