Por Camila Carnicelli - Médica veterinária
É comum acharem que gato é um animal independente e solitário, que faz o que bem quer e que não necessita de ninguém, basta que tenha comida a disposição e um local confortável para dormir. No passado realmente eles eram assim, mas com o processo de domesticação hoje os gatos vivem bem em grupos, principalmente em grupos aparentados, mas ainda nesse quesito são muito diferentes dos cães.
O gato doméstico
O gato doméstico é descendente do gato selvagem africano, que é um caçador solitário, que depende de si próprio para se alimentar e sobreviver. O gato selvagem africano precisa cobrir uma área muito extensa da savana para garantir sua comida e deve conseguir boas presas para se manter saudável e ter sucesso na caça. Para isso, os animais desenvolveram um sistema de orientação e comunicação que permite que cada um possa caçar e sobreviver sem conflitos.
É um tipo de comunicação por rastros em que os gatos marcam seus territórios com um cheiro característico que ele e outro gato possam reconhecer. O gato nunca precisou desenvolver nenhuma forma de hierarquia ou sistema social porque não tinham contato entre indivíduos, apenas na época do acasalamento.
A domesticação
Hoje com a domesticação eles aprenderam a conviver em grupos. O contato do gato selvagem africano com o homem ocorreu há 4000 anos. Os gatos foram atraídos porque existiam muitos roedores nos silos que alimentavam o gado. Desde então os gatos mais tolerantes a companhia humana desenvolveram características comportamentais diferentes dos que habitavam as savanas. Com essa aproximação, começou a ocorrer uma concentração de animais em uma pequena área em torno do alimento, e além de conviverem melhor com o homem, aprenderam a conviver melhor uns com os outros.
O hábito dos gatos de se roçarem é uma importante coesão social que liga os animais entre si, acredita-se que esse hábito seja acompanhado da emissão de um cheiro característico. Os gatos se esfregam uns nos outros e isso faz com que glândulas da face e das costas exalem o cheiro. Gatos de determinado grupo soltam um cheiro característico que permite que reconheçam indivíduos do mesmo grupo.
Gatos de outros grupos não soltam o mesmo cheiro e seriam por isso,reconhecidos como ameaças, pois o tamanho do grupo é relacionado à quantidade de comida disponível em determinada área, um intruso representa ameaça para a sobrevivência do grupo residente. O mesmo se aplica a gatos que residem em ambientes domésticos, mas nem sempre gatos que convivem na mesma casa pertencem ao mesmo grupo.
Pessoas que possuem vários gatos devem colocar a comida em diversos locais pela casa, para que todos tenham acesso ao alimento no momento que quiserem, de forma tranqüila, sem estresse ou conflitos. Isso ajudará a manter a harmonia na casa.
Gatos estressados apresentam algumas alterações comportamentais como, por exemplo, urinar ou defecar em locais inadequados, além de roçar demais o pêlo. Certas doenças como a cistite pode ter como causa de base o estresse.
Fonte: bbel.uol.com.br
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