TORÇÃO GÁSTRICA, O QUE É ISSO?


Você que tem cão de médio a grande porte, 
saiba o que é TORÇÃO GÁSTRICA,
e aprenda a identificar esse problema. 


O QUE È A DILATAÇÃO E TORÇÃO GÁSTRICA (GVD)?
A GVD é uma patologia em que o estômago se encontra dilatado com gás e, adicionalmente, pode ocorrer uma torção sob o seu eixo maior, resultando numa fermentação e aprisionamento de gás e ingestão no estômago.



O QUE PODE PROVOCAR ESSA PATOLOGIA?
A causa definitiva ainda está por esclarecer. Provavelmente esta patologia resulta de uma interação de vários fatores de risco: exercício vigoroso após ingestão de grandes quantidades de água ou após refeições; ingestão de dietas muito fermentáveis como feijão, grão, etc., associadas a uma única refeição diária, cadelas pós-parto com aumento das necessidades calóricas, stress e aumento da aerofagia (ingestão de ar). Animais que apresentem congenitamente um aumento da laxitude dos ligamentos hepatoduodenais e hepatogástricos são mais predispostos a sofrerem de dilatação e torção gástrica. Defeitos na eructação e uma diminuição do esvaziamento gástrico contribuem também para o aparecimento de GVD.

TRATA-SE DE UMA SITUIAÇÃO DE EMERGÊNCIA MÉDICA?
Sim, provavelmente é uma das patologias não traumáticas que resultam em morte, sem a ajuda imediata do médico veterinário.

 

EXISTEM RAÇAS MAIS SUSCEPTÍVEIS ?
Estatisticamente sabe-se que raças de grande porte com peito profundo como os Doberman Pinscher, Dogue Alemão, Setter, Pastor Alemão, São Bernardo, Serras da Estrela, Fila Brasileiro entre outras, são mais predispostas para ocorrer dilatação com torção gástricas.
No entanto ocasionalmente, pode ocorrer em raças pequenas como os Bulldogs Ingleses, Terriers, Basset Hound, Teckels, Caniches e Pequinois apenas dilatação do estômago.
Não existe predisposição sexual, podendo afetar animais entre os 2 meses e 15 anos. Normalmente esta condição ocorre 2 a 3 horas após a ingestão de uma refeição.

FATORES RELEVANTES:
- Esta patologia ocorre primariamente em cães de raças grandes e peito profundo.
- A dilatação gástrica sem torção pode ocorrer ocasionalmente em raças pequenas.
- O estômago distendido confere uma aparência dilatada no flanco esquerdo do animal.
- A percussão digital do estômago por de trás da última costela produz um som timpânico característico.
- O estômago dilatado faz compressão sobre o diafragma começando a ocorrer dificuldades respiratórias.
- Os animais tentam vomitar mas não o conseguem pois a passagem do cárdia para o esôfago encontra-se obstruída pela torção. Pode existir hipersiália (formação excessiva de saliva).
- A torção do estômago faz com que a circulação entre os vasos sanguíneos gástricos e esplênicos fique comprometida, resultando num choque profundo.
- Finalmente o animal colapsa, deitando-se lateralmente, podendo observar-se o enorme volume distendendo o abdômen.

É POSSÍVEL DISTINGUIR ENTRE UMA DILATAÇÃO GÁSTRICA E
UMA DILATAÇÃO COM TORÇÃO?

Através da realização de um raio-X abdominal, o veterinário conseguirá distinguir as duas situações.


PORQUE É QUE O CÃO ENTRA EM CHOQUE?
O gás acumulado no estômago comprime as veias abdominais que transportam o sangue de volta para o coração. A privação de sangue para os tecidos tem como conseqüência uma diminuição do aporte de oxigênio, fazendo com que o animal entre em choque. Adicionalmente, a pressão exercida pelo gás nas paredes gástricas provoca uma inadequada circulação sanguínea tendo como conseqüência a morte e ruptura da parede gástrica. A entrada de toxinas para a circulação e sua posterior absorção agrava ainda mais o quadro de choque.

O QUE PODE SER FEITO ?
A assistência por parte do médico veterinário deve ser imediata. É necessário que a pressão nas paredes do estômago e órgãos internos seja diminuída através da passagem de um tubo pelo estômago. Esta pressão também pode ser aliviada utilizando um cateter perfurando o estômago
É imperativo que se inicie o tratamento para reverter o choque com grandes quantidades de fluidos intravenosos. Uma vez que o paciente se encontre estabilizado, o estômago deverá ser recolocado na posição anatômica correta. Para tal o animal tem de ser submetido a cirurgia abdominal sem demoras.

EM QUE CONSISTE A CIRURGIA?
Após a recolocação do estômago na sua posição fisiológica, tem de se prevenir que haja recorrências, para tal é utilizado uma técnica cirúrgica – gastropexia. Este procedimento consiste em suturar uma porção do estômago à parede abdominal para que este não volte a rodar sobre si mesmo. Se existirem áreas de necrose (morte) da parede do estômago deverão ser removidas.



PODEMOS PREVINIR A GVD?
A gastropexia preventiva em animais predispostos é o método mais eficaz para evitar a ocorrência, podendo ser recomendado como profilaxia em animais valiosos. Na maior parte dos casos esta cirurgia não previne a dilatação mas sim a impossibilidade de torcer.
O maneio dietético passa por:
- administrar duas refeições fracionadas diárias 
- restrição de exercício antes e após a ingestão de água e/ou comida 
- ter especial atenção às necessidades dietéticas pós-parto e minimizar as situações de stress. 

Estas são algumas das situações em que os proprietários poderão intervir para minimizar os fatores de risco, no entanto não hesitem em contatar para mais algum esclarecimento relativamente a esta patologia que tanto afeta os nossos animais de companhia.

Existem no mercado algumas vasilhas especiais para animais gulosos,elas evitam que o animal ingira o alimento rapidamente engolindo muito ar.
Você pode também adaptar usando uma daquelas formas tradicionais de bolo com um furo no meio,ou ainda colocar uma bola(tipo de Tênis ou maior,pois alguns são capazes de engolir a de tênis) na vasilha da comida

QUAL A TAXA DE SOBREVIVÊNCIA?
Depende das circunstâncias em que o animal entre na clínica. Há que ponderar diversos fatores vitais como: severidade e agravamento da situação, problemas cardíacos secundários, extensão das áreas de necrose do estômago, entre outros. Existe a probabilidade de cerca de 15 a 20% de morte dos animais após cirurgia.

Freqüência de diagnóstico dos 3 tipos de patologias predominantes entre os cães gigantes em função da idade.
Uma pesquisa da Universidade de Purdue15 com
42 076 cães de 5 raças gigantes levados a consultórios veterinários (Dogue Alemão, São Bernardo, Rottweiler, Terra-Nova, Bouviers Suiços), ilustra a predominância de alguns problemas patológicos.
4 753 cães, ou seja, 11 % dos animais apresentavam :
• problemas ósteo-articulares (73 %)
• DILATAÇÃO-TORÇÃO GÁSTRICA (14 %) ou
• problema cardíaco (13 %).

A DILATAÇÃO-TORÇÃO GÁSTRICA
Neste estudo, a dilatação-torção gástrica representa
1,53 % das doenças diagnosticadas em cães gigantes, qualquer que seja a idade. A incidência varia com a idade, mas é máxima para os cães idosos de 7 a 10 anos. O Dogue alemão representa 73 % dos casos.

ATENÇÃO!
Ao encontrar ou resgatar um animal de rua ,desnutrido,não exagere na hora de alimenta-lo (coisa que muitos fazem,dando grande quantidade de comida de uma só vez),pois pode provocar uma Torção Gástrica. De pequenas porções ao longo do dia. 
Como o índice de óbito em animais que sofrem uma torção é muito alto (em torno de 60%) todo cuidado é pouco.

Alguns sinais que servem de alerta são:
-Inchaço anormal do abdômen
- Dificuldade para respirar;
- Salivação excessiva;
- Ânsia de vômito sem que o cão consiga vomitar;
- Palidez da mucosa (olhos e bocas).
-Inquietação seguida de apatia
-Perda de consciência
-Batimento cardíaco acelerado

Se você perceber algum desses sintomas, procure ajuda veterinária imediatamente! Uma torção gástrica pode matar o cão em apenas 3 horas. Por isso é essencial que o socorro seja imediato. 

Converse com o veterinário de seu cão, e obtenha maiores informações!
FONTE:DICAS PELUDAS


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Cadela leva marmita para os outros animais que convivem com ela



A cadela Lilica, que há três anos leva comida para outros animais que convivem com ela em um ferro velho em São Carlos (SP), mantém essa rotina porque tem um instinto materno e de liderança entre os bichos, afirma o veterinário Alexandre dos Santos, que visitou nesta quarta-feira (26) o local onde vivem os animais.

Segundo o especialista, Lilica adotou nos últimos anos a postura da líder e sempre teve uma preocupação materna, que consiste em cuidar das outras raças com quem convive. Ela divide o espaço com um cão, um gato, um galo, uma galinha e até uma mula.

“Mesmo vivendo nesse ambiente onde tem tanta adversidade, ela não se esquece que no final de cada dia ela tem que sair, buscar o alimento e voltar para ajudar aqueles que estão aqui presentes”, diz.

Quando a tarde vai embora, a cadela cumpre rigorosamente uma missão. O destino é casa da professora Lúcia Helena de Souza, que cria 13 cachorros e 30 gatos, todos recolhidos da rua. Depois de servir o jantar da turma, a professora prepara uma marmita para Lilica.

A cadela mata a fome, pega a sacolinha com o alimento separado pela professora e segue de volta ao ferro velho. São dois quilômetros de caminhada na lateral de uma estrada bem movimentada. No escuro, a pista fica ainda mais perigosa, mas Lilica atravessa com segurança e em poucos minutos chega com o jantar dos outros animais.

A catadora Neile Vânia Antonio, que encontrou Lilica abandonada ainda filhote na porta do ferro velho, pega a sacola e abre para todos os bichos do local comerem.

Ajuda


Após a repercussão da história na internet, o telefone de dona Neile não parou de tocar. Muita gente se comoveu e quis ajudar. Os bichos ganharam mais alimentos nesta quarta-feira.

“Veio uma moça e trouxe um saco de ração. Ela disse que era para a Lilica não ficar atravessando a pista, que é muito perigosa. Mas eu disse a ela que a Lilica não vai parar com esse costume”, afirma a dona. O veterinário concorda.

Dona Neile diz que desde que viu a cadela pela primeira vez percebeu que ela era diferente. “A gente que é humano não faz isso. Algumas pessoas até escondem e não querem dividir o que tem. Ela não, Lilica é um animal excepcional”, afirma.





Fonte: G1

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